Evento FindMe Transformando a Terceirização 2024 recebe 125 convidados no Inovabra Habitat em SP
A FindMe realizou um evento para os profissionais do mercado, com patrocínio da TOTVS, pelo terceiro ano consecutivo com o tema do podcast lançado em 2023
Dia 10 de abril de 2024, recebemos em nosso escritório mais de 125 convidados para o evento Transformando a Terceirização. 🚀
Grandes nomes do mercado vieram, dentre os convidados e palestrantes como Antônio Neves, executivo de prevenção de perdas na Rumo, Valéria Siqueira, executiva no Grupo Interativa, Carlos Varani, Head de Transformação Digital na Security e Ricardo Bacci, Gerente Corporativo de Projetos de Inovação em Segurança no Grupo GPS.
Foi discutido sobre a história do mercado, evolução das tecnologias, processos e práticas aplicadas no segmento. Esse artigo é um resumo dos dois painéis que tivemos no evento, o primeiro sobre gestão estratégica e o segundo sobre transformação digital.
Aproveite o conteúdo! 📖
1º painel | Gestão Estratégica em Segurança e Facilities
Os palestrantes do 1º painel foram Valéria Siqueira, executiva no Grupo Interativa e Antônio Neves, gerente executivo de prevenção de perdas na Rumo.
Valéria Siqueira está há 22 anos na área de facilities, mas começou a carreira na segurança privada no Grupo FB. De 2015 a 2018 atuou com segurança e facilities no Grupo GPS como gerente de contratos. Em 2018 assumiu a gerência regional da unidade de Campinas, assumindo todo o interior com gestão de facilities.
Em 2022, inaugurou um braço de facilities na GCF Facilities e atualmente está atuando como gerente executiva no Grupo Interativa.
Antônio Neves começou sua trajetória no exército e foi para a área da segurança. Passou por empresas como Foxconn, Prosegur e Heineken. Atualmente está na Rumo, uma empresa de logística ferroviária. Atua na Asis International há 5 anos e está como Líder do Conselho (Capítulo SP).
Os painéis foram apresentados pelo Gabriel Ranyer, CEO e Cofundador da FindMe. As perguntas a seguir foram feitas por ele aos convidados.
Temos visto uma evolução no mercado de trabalho. Cada vez mais, as empresas estão prezando por ter especialistas em segurança, facilities e digitalização vinculado à estratégia do negócio. Como vocês veem essa evolução?
Neves respondeu essa questão, citando que Gustavo Jets, que criou a frase, “sair debaixo da escada”. Ele foi um dos primeiros heads de segurança que trouxe a bandeira que os profissionais de segurança precisavam sentar na mesa de negociação.
Quando falamos de facilities e limpeza integradas na gestão, falamos de cuidar das pessoas, ou seja, do bem-estar do colaborador.
Então, se a segurança é proteger pessoas, o negócio, a reputação, facilities é cuidar essencialmente das pessoas, a gente está interferindo diretamente na produção, rentabilidade e bem-estar do colaborador que vai devolver uma comissão diferenciada. Portanto, se você trabalha com uma área que mexe diretamente com seu principal ativo, que são as pessoas, elas devem estar na mesa de negócios.
Gabriel Ranyer complementou que viu nos últimos 8 anos, como os gestores elevam a régua do mercado e pergunta à Valéria:
Nesses últimos anos, você se deparou com clientes que eram compradores técnicos?
Há 22 anos nossos checklists eram atrás da porta, hoje temos a FindMe. Então imagina o quanto de evolução tivemos em todo esse tempo.
A evolução é constante. Antigamente, você tinha de dar muita prestação de contas. Não havia quase nada de SLA para fazer a medição dos seus serviços. Hoje, com toda a evolução que o mundo tem, o trabalho ficou mais sério.
Anteriormente prestávamos conta para uma pessoa que nem sabia como se higienizava um banheiro. Hoje, sento em mesas de discussões que sabem muitas vezes até mais que meu próprio supervisor. Antigamente o comprador cuidava do nosso contrato. Hoje, você senta para discutir de igual para igual. Ter o profissional de facilities ajuda na evolução do contrato, melhora de produtividade e rentabilidade.
Atualmente o debate entre o prestador e o cliente, é muito mais evolutivo. Facilities, após a pandemia, virou uma vitrine e é muito diferente de quando eu comecei.
No mesmo sentido do que a Valéria trouxe sobre a evolução na Facilities, Gabriel trouxe a pergunta abaixo aos convidados:
E as empresas que não tem a visão de ter um gestor, o que vocês dariam de dica para esse profissional que ainda não seja um gestor, mas quer profissionalizar e elevar a empresa?
Valéria respondeu que, com esses clientes, tem que procurar designar uma pessoa que tenha entendimento, porque sem isso, não haverá evolução.
A partir de um momento que tem uma pessoa conhecedora do ramo, ganha-se muito. Ela complementa que é muito difícil ter compradores sem a visão de ter especialistas no setor.
Sobre essa pergunta, Neves respondeu que as informações têm chegado mais rápido do que há 100 anos. Também o nível de tolerância do consumidor diminuiu, portanto, o que fazíamos no passado, hoje não é mais tolerado.
E Neves finaliza: “Se ainda existem empresas com essa visão de não ter especialização, em breve a companhia vai se transformar ou deixará de existir.”
Após termos conversado sobre os assuntos estratégicos e práticos da terceirização, seguimos para o segundo painel com profissional referência em transformação digital no mercado. 👇🏽
2º painel | Transformação Digital em segurança e facilities
Nesse segundo painel, convidamos Ricardo Bacci, Gerente Corporativo de Projetos de Inovação em Segurança no Grupo GPS e Carlos Varani, Head de Transformação Digital na Security.
Carlos Varani está há 4 anos no segmento da terceirização. Já atuou em mercados de seguros, logística e mídia digital. No final de 2019, ele ingressou na Security, uma área totalmente nova para ele e, dois meses após, iniciou a pandemia, o que acelerou o aprendizado e desenvolvimento não somente dele, mas também de todo o mercado de trabalho.
Ricardo Bacci está há 28 anos no mercado, começou no exército, trabalhou em facilities, depois foi para a segurança e, por fim, foi para a tecnologia. Acompanhou todas as mudanças do mercado ao longo dos anos.
Para iniciar as perguntas, Gabriel disse que, para a transformação digital acontecer, precisamos começar por cultura e, por isso, perguntou:
Quando falamos de cultura aderente à tecnologia, falamos sobre agilidade, fluidez e diversidade que não são características da cultura do nosso mercado. Como vocês veem o embate da cultura do segmento com a tecnologia?
Ricardo Bacci falou que o mercado da terceirização não tinha essa cultura, então realmente existe esse choque. O melhor é mostrar o resultado que a tecnologia traz.
Dessa forma, você começa a romper barreiras e culturas quando demonstra de forma concreta o resultado que pode mensurar, trazendo benefícios, e, consequentemente, aumenta a adesão de todos aqueles que têm, de fato, uma resistência às mudanças.
Já, Carlos Varani, trouxe outro ponto de vista, dizendo que essa questão no mercado está enviesada. Ele entende que a dificuldade maior do setor é a organização do backoffice corporativo e não dos profissionais do segmento, que já são especializados.
Ele diz que vê muito mais os prestadores se atrapalhando na organização do backoffice corporativo, em situações como: benefícios, folha de pagamento, etc. E conclui que quem se perde na gestão da porta para dentro acaba se perdendo na ponta.
Gabriel complementou dizendo que temos dois polos, sendo um que está lá na ponta como o Bacci citou, e outro que está no backoffice, ou diretoria, que seria mostrar para eles o benefício da transformação digital.
Nesse sentido, Bacci concluiu que isso é ligado ao perfil das pessoas. Enquanto umas têm mais dificuldade e outras não, é importante construir processos para conduzir todos à automação dos processos.
Algo que ambos os entrevistados falaram é que: não é verdade que os profissionais da área não gostam de tecnologia. Muitas vezes, o profissional não foi ensinado da forma correta. Ao mostrar para os colaboradores que a tecnologia vai otimizar o seu trabalho a ser mais rápido e prático, é outra realidade.
Falamos sobre cultura, mas também tem um pilar importante antes da transformação digital que são os processos.
Bacci falou que o processo sempre existe, pode não estar documentado, mas toda empresa tem processos. Ele pode não estar claro, mas ele existe.
Gabriel completou que se você tem esse processo ruim mapeado, a tecnologia só vai ampliar o problema.
Varani diz que não adianta só digitalizar a operação, porque isso pode aumentar o erro.
Bacci também falou que a hora que você levanta os processos, é o melhor momento de corrigir e levar uma camada de gestão para os processos. O que estava “na cabeça” do profissional precisa ser documentado em forma de processos e ser verificado se há todas as camadas de gestão necessárias, para só depois disso digitalizar os processos, porque senão você vai digitalizar algo cheio de erros e falhas.
Vou começar a transformação digital em minha empresa. Começo pelo backoffice ou operação?
Varani disse que ambos, afinal, um não funciona sem o outro. Produtividade da porta para dentro é eficiência da porta para fora. A régua dos tomadores subiu do contratado em relação ao realizado, da prestação de contas.
Bacci trouxe o mesmo ponto de vista, dizendo que devem andar juntos. Se você tem um processo de backoffice confuso, que não está evoluindo, você começa a coletar dados da rua e não tem onde colocar esses dados. Não adianta “digitalizar processos da rua” para colocar numa estrutura desorganizada e não digitalizada. Cada empresa vai construir seu processo para que backoffice e operação andem juntos.
E, por fim, Gabriel falou ser possível fazer os dois juntos de modo pequeno, fazendo MVP, começando com o mínimo necessário.
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Como você leu neste artigo, há muito o que se fazer para melhorar processos e a gestão de uma empresa, mas pode começar pequeno, e ter o auxílio dos experts da FindMe. Além de tudo isso, você pode receber apoio operacional e consultoria especializada para analisar seus indicadores e implantar processos padronizados e eficazes.
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